Neste projeto de trabalho, temos por objetivo estudar a organização social, cultural e territorial dos povos indígenas, bem como as formas com que eles se relacionavam e se relacionam com a natureza. Também identificaremos as áreas que os indígenas habitam atualmente e como está a situação de sobrevivência e resistência deste povo frente a ideologia desenvolvimentista da sociedade brasileira. Além destes conteúdos conceituais, pretende-se explorar as habilidades de leitura, escrita e análise de diferentes linguagens como textos, gráficos, tabelas, imagens e mapas.
Público-alvo: alunos do ensino fundamental II - entre 7º e 9º anos.
Material didático organizado com base em textos e ideias presentes em diferentes livros didáticos de geografia, bem como por produção independente do autor. Porém, o livro didático base tem a seguinte referência: BOLIGIAN, Levon e outros. Geografia – Espaço e Vivência. A organização do espaço brasileiro. 7° ano. São Paulo: Editora Atual, 2009.
Este material foi organizado e produzido para ser aplicado aos alunos de 7º ano do ensino fundamental. A história e cultura dos povos indígenas é complexa e ampla. Logo, os temas listados aqui tinham por objetivo estar de acordo com a faixa etária dos alunos de sétimo ano e ter desdobramentos no ensino-aprendizagem de Geografia, especialmente nos estudos coletivos sobre a formação social e territorial do Brasil. Certamente, outros temas mais polêmicos e atuais podem e devem ser contemplados. Para turmas de 8º e 9º anos, é possível explorar mais as questões relativas sobre a luta pela terra e os conflitos permeados pelos projetos desenvolvimentistas do governo brasileiro.
Mais do que uma lei, o ensino da história e cultura dos povos indígenas no Brasil é um compromisso por uma cidadania plena, pela valorização da diversidade cultural e por um país mais justo e igualitário entre a comunidade escolar. Portanto, como geógrafo, professor, pesquisador, educador e cidadão, vejo-me desafiado a criar possibilidades para trabalhar o tema na escola e em todos os lugares de formação extra-muros da escola.
A organização e produção deste trabalho surgiu da necessidade de criar um material crítico, reflexivo e de vertente pedagógica socioconstrutivista. Buscou-se associar diferentes linguagens para a construção dos saberes e estimular a prática de pesquisa entre os alunos, sob orientação do professor. Pretende-se associar o trabalho dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais. Sugere-se a realização das tarefas de forma coletiva, cooperativa e participativa e, se possível, fazer atividades de visita de campo como parte da pesquisa por informações e como forma de reconhecimento do outro.